Desilusão!

Olho para o João e sinto receio por tudo o que ele vai viver. Sei que não o posso proteger da vida, sei que não posso impedir os momentos pelos quais ele vai passar, não posso evitar o sofrimento e a angústia. Adorava ser capaz de o fazer feliz, completamente feliz mas, por outro lado que graça teria se a vida fosse comandada?
Quero que o João esteja preparado para enfrentar cada dia, cada momento. Quero que ele seja uma pessoa de bem, capaz de dar, capaz de receber, capaz de ouvir. Quero que ele saiba lutar pelo que considere ser melhor para ele mas, naturalmente sem prescindir do que seja bom para os outros. Quero orgulhar-me, esteja onde estiver de cada silêncio que ele faça, de cada conversa, de cada discurso.
Hoje estou especialmente triste, desapontada. Sinto-me chocada por perceber que as pessoas são, tantas vezes pequenas, pequenas no sentido de olharem apenas para si e, ainda assim serem incapazes de se verem como, na realidade são. Estou desapontada com a falta de lucidez, com a incapacidade de se distanciarem o suficiente das situações de tal forma que sejam capazes de decidir bem. Estou exausta do mundo em que o mundo se está a tornar!
Sinto saudades da verdade...
Tenho pelo menos a minha querida e doce família...