Gostava eu de acreditar em milhares de coisas nas quais não acredito. Gostava de ter a força, a energia e a crença de outrora. Era bom viver os dias a saber que conseguiria tudo por mais difícil que fosse. Hoje acredito naquilo que vejo e naquilo que sinto. Todos os dias acredito que sou capaz de dar o meu máximo para o que entendo certo, para o que tenho vontade. Não desisto do cumprimento de cada um dos meus deveres e não desisto dos sorrisos.
Muitas vezes me lembro do quanto dançava, do quanto cantava e das boas gargalhadas que dava. Hoje tenho menos tempo para cantar e dançar, tenho menos disponibilidade mental para momentos assim, de lazer. Hoje as minhas prioridades são voltadas para uma família que fui construindo, para um trabalho que me dá gosto fazer e, quando olho para o lado normalmente anoiteceu...
Gostava eu de ter a energia da minha infância.Lembro-me das coisas que os meus pais me diziam. Lembro-me do que pensava nessa altura e penso, tantas vezes...como poderei eu fazer com que o João entenda tudo isto? Não posso...nem devo! O João deve viver como eu vivi a acreditar na sua imensidão e a tratar cada segundo como se fosse o mais importante de toda a sua existência.
Que felizes podemos ser quando realmente queremos!